Poucos anos depois da inauguração da Place Royale, assinalava-se que Paris tinha o potencial de se tornar a nova Roma, com a vantagem, face à velha Roma, de não estar soterrada sob as suas próprias ruínas.
Paris estava viva, talvez demasiado viva, os cris de Paris tonitruantes sobre os mascarons, as gárgulas, do Pont Neuf; os pregões decerto, mas também os gritos das vítimas do Grand Thomas que um século mais tarde arrancaria em público os dentes de milhares de sofredores, ou o coaxar dos viandantes atropelados 3 e 4 séculos depois ("Ne coassons pas / Dit crapaud papa / Nul coassement / Dit crapaud maman / Moi pas coasser / Dit crapaud jeunet", evocando Raymond Queneau).
Sem comentários:
Enviar um comentário