Tesourinhos lapidares


Às vezes retemos frases que ficam a pairar no nosso subconsciente muito depois de termos perdido a capacidade da atribuição de autoria.
A mais clássica, para mim, é a definição de sociologia, como "socialismo + astrologia", mas lembro-me de uma alternativa: o estudo de pessoas que não precisam de ser estudadas, levado a cabo por pessoas que precisam urgentemente de sê-lo.
Lembro-me também de uma que se referia à Psicologia como a ciência que nos diz o que já sabemos empregando expressões que desconhecemos (esta é adaptável à maior parte das ditas "ciências humanas"...).
Mas as que mais me ocorrem são as da política, naturalmente:
1. O político visto de perto é como um fóssil de mosquito em âmbar – não interessa muito o mosquito, mas é intrigante como lá foi parar.
2. Há poucas mulheres na política porque é muito cansativo maquilhar em simultâneo duas caras.
3. O político é como o treinador de futebol: suficientemente esperto para perceber as regras do jogo, suficientemente estúpido para as tomar a sério.
4. O político é como o viciado: suficientemente consciente para se incomodar, mas não o suficiente para se corrigir.
5. A política é a arte: a) de dificultar às pessoas a resolução dos seus próprios problemas; b) de receber financiamento dos ricos e votos dos pobres através da promessa de os proteger uns dos outros.
Podíamos continuar indefinidamente...

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