Não podia estar mais de acordo com Vasco Graça Moura: com o declínio do francês perdemos um dos últimos nortes de sofisticação intelectual, e não o substituímos verdadeiramente por coisa nenhuma. O país embrutece a emborcar uma mixórdia linguística vagamente atribuível ao inglês, mas totalmente desprovida de alimento. Não temos, os portugueses, massa crítica para dispor de produção intelectual aceitável, pelo que, muito menos ainda do que outros que pela Europa e pelo mundo cometeram o mesmo erro, não deveríamos ter enjeitado esse protectorado benigno que nos resgatou tantos séculos das brenhas indígenas e nos abeirou de uma emancipação, "subsidiada" e "estrangeirada" embora, mas a única que a nossa árida pequenez consente.
(LER)
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